JE SUIS CHARLIE
A Edição especial do Charlie Hebdo, depois do atentado contra o jornal na quarta-feira passada, esgotou esta manhã na França, á medida que foi chegando às bancas. Filas se formaram no centro de Paris, esgotando os exemplares antes das 8h da manhã, (5h de Brasília).
As edições anteriores tinham tiragem de 60 mil, esta terá de 3 milhões, em 5 línguas, incluindo o árabe e o turco.
O jornal foi preparado pelos sobreviventes ao ataque terrorista e trás na capa uma caricatura de Maomé, com lágrima no olho, segurando um papel com a frase Je suis Charlie, e com o título "Tudo está perdoado". A frase é a mesma utilizada por milhões de pessoas que se manifestaram a favor da liberdade de expressão. Inclusive EU! Que a coloquei de capa em uma rede social.
Porém, por vezes me questiono sobre a "tal" liberdade: a representação em imagens do profeta é proibida para os muçulmano porque, para eles, Maomé foi precedido por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico. Maomé não é considerado divino, mas humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos.
SERÁ QUE SÃO TÃO ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIAS ESTAS CHARGES?
Será que esta liberdade de expressão dá o direito de ofender ilimitadamente?
JE SUIS CHARLIE! Acredito que o o bom humor deva andar ao lado, pareadamente ao bom senso e creio que isso nos traga liberdade, e não através dela segreguemos ainda mais o que segregado está!
