O risco de não correr riscos
Nesta tarde, um ex-aluno me chamou em um destes aplicativos de certa rapidez humana, desses que fazem a gente crêer que o próximo passo da humanidade é utilizar a capacidade de interlocução cerebral apenas com um "forçar" do pensamento! Enfim, sua dúvida me fazia voltar 20 anos no tempo: _será que de fato "prô", parece viável que eu troque a faculdade de economia, (tão desejada), por um curso de Matemática Atuarial? Será que conseguirei passar na prova de transferência que exige componentes e matérias do curso de economia? Será que que posso me enveredar a gostar de exatas? Será que um profissional formado nesta área tem lugar no mercado? Me vi, rapidamente, antes de uma reunião quaaase importante, lembrando de algo que adoraria ter ouvido há 20 anos: não nos formamos por uma profissão que nos define a vida inteira, muito pelo contrário! A faculdade nos abre a cabeça para que aprendamos mais sobre as aplicabilidades da vida, nos permite um direcionamento e não uma profissão. Nos dá ideia do que temos de talento, nos permite despertar de aptidões mas, em definitvo, não nos dá profissão. Ah, não mais. O que nos dá profissão é um conjunto de nossas reações diante das necessidades e de como aplicamos o que nos é ensinado! Ó pai ó! Profissão é o que buscamos nos enrredar na vida cotidiana meu amor! É o que fazemos a cada época da vida e brindemos as variadas possibilidades de escolha, quando não, as imposições de um capitalismo moderno, que "cá pra nós", tirando o consumo exacerbado e burro, nos permite conhecer mais sobre o que fazemos, queremos e podemos realizar em nossa trajetória. Já diziam em um filminho que assisti, produzido por uma célebre agência publicitária: "AS PESSOAS MAIS INTERESSANTES QUE EU CONHEÇO, SÓ SOUBERAM DE FATO O QUE QUERIAM DA VIDA APÓS OS 40", portanto, brindemos já a sua insegurança e realcemos que, se der errado, tudo errado, terá a capacidade de recomeçar! ei, amo vc!
